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'Óscar Pérez foi executado por ordem de Maduro', diz ex-prefeito de Caracas || 84% da população não se sente representada pelo Congresso


'Óscar Pérez foi executado por ordem de Maduro', diz ex-prefeito de Caracas

Antonio Ledezma, ex-prefeito de Caracas, pronunciou-se sobre a execução de Óscar Pérez, ex-policial venezuelano que se opunha à ditadura de Nicolás Maduro. Para Ledezma, a execução foi ordenada pelo ditador.


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“Oscar Pérez foi executado por ordem de Maduro. No mundo todo, as castanholas ressoam, anunciando que um genocida atenta contra o povo venezuelano", disse dijo Ledezma.

O político, que está no exílio, explicou que o ocorrido nesta quarta-feira deve ser adicionado a um pedido feito ao Tribunal de Haia.

“Este capítulo se soma ao pedido que circula no Tribunal de Haia, e que espera uma decisão contrária aos que aplicam a pena de morte", disse.

Ledezma pediu aos cidadãos que não desistam de seus ideais, em homenagem a Pérez, e lamentou que algumas pessoas ainda ignorem o ocorrido.

“Peço ao povo que, em homenagem a esses mártires, não desista de sua luta".

O ex-policial Óscar Pérez foi assassinado por um organismo de segurança em El Junquito, embora estivesse disposto a entregar-se.

Vídeos publicados por Pérez no Instagram logo antes de seu assassinato mostram que o grupo tentava se entregar.
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84% da população não se sente representada pelo Congresso

Uma pesquisa inédita feita pela Ideia Big Data para o Brazil Institute do Wilson Center, aponta um descrédito da população brasileira com o Congresso, a falta de interesse com o Legislativo e expectativas de poucas mudanças com as eleições de novembro. O levantamento, obtido com exclusividade pelo jornal O Globo, aponta que 72% dos eleitores escolheram temas relacionados à honestidade como prioridade na hora de votar em seus deputados e senadores.

— Trabalho há quinze anos com pesquisas de opinião e nunca vi uma liderança tão forte de temas relacionados à honestidade na cabeça dos eleitores — afirmou Maurício Moura, presidente da Ideia Big Data.

O levantamento foi feito com 5.003 pessoas em 37 cidades brasileiras entre os dias 9 e 13 de janeiro e será base para um debate que o Brazil Institute promove na manhã desta quarta-feira no Wilson Center com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Em uma pergunta aberta (sem sugestões de respostas), 38% dos eleitores indicaram que o mais importante para seu voto é a honestidade do candidato ou o fato de ele não ser corrupto. A pesquisa mostra ainda que 13% dos entrevistados apontaram a transparência; 11% optaram por “estar fora das acusação da Operação Lava-Jato”; e 10% disseram que o seu candidato tem de ser novo ou de fora da política.

Moura afirma que todos estes itens estão conectados com a questão da honestidade.

Na sequência das respostas, aparecem como prioridade experiência e grandes propostas (cada tema teve 5% das citações); ser da localidade do entrevistado (4%); entender os problemas do eleitor e representar os pobres (3% das citações cada um dos temas); e trabalhar duro e ser inteligente (2% para cada um). Outras respostas somam 4% do total.

A IMAGEM DO CONGRESSO

Uma série de perguntas confirma o desencanto dos brasileiros com o Congresso. Quase um em cada três entrevistados — 73% — disseram não concordar com a expressão “O Congresso Nacional está trabalhando pelos brasileiros acima de outros interesses”, contra 22%, que disseram não saber, e apenas 5%, que concordaram com a afirmação.

Em outro item da pesquisa, 84% não concordaram com a frase “o Congresso representa o povo brasileiro”. Por outro lado, 79% dos entrevistados disseram não se lembrar em quem votou em 2014. Dos 21% que lembram, 85% admitiram que não acompanham seu trabalho, contra apenas 15% que seguem seus legisladores. O levantamento ainda aponta que 39% dos entrevistados espera que a futura formação do Congresso após a eleição em outubro será igual à atual, 35% melhor e 26%, pior.

— A princípio, essa resposta pode indicar um otimismo, mas não: como a imensa maioria da população não se sente representada pelos congressistas, temos que somar as respostas dos que esperam que (a representatividade) vai piorar com os que acham que continuará na mesma, o que indica que 65% dos eleitores estão pessimistas — disse Moura.

A pesquisa aponta que a população também está cética sobre a aprovação da Reforma da Previdência: somente 26% acreditam que ela será aprovada em 2018, contra 55% que não acredita que ela passará e 19% dos que disseram não saber. Somente 22% colocam a mudança no sistema de aposentadoria e pensões como prioritária, abaixo da reforma política (59%), mas acima da reforma tributária (13%).

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