Tecnologia, politica, filosofias e videos diversos. Se gosta dos assuntos, sentire liberum!

Michel Temer pode cair, e general do Exército manda recado

Presidente da República, Michel Temer(à direita), e o general Augusto Heleno




Após o vazamento do áudio do presidente da República, Michel Temer, foi instaurada uma crise política no país e desde então diversas manifestações vêm sendo feitas para uma eventual saída do presidente, porém o próprio já afirmou que não renunciará. Após uma denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregue ao STF (Supremo Tribunal Federal), nesta segunda-feira, para que Temer seja processado por corrupção passiva, a saída do político pode ser acelerada.

Antes do processo ser iniciado, precisa ser aceito por dois terços na Câmara dos Deputados, ou seja, 342 votos dos 513 deputados que compõem o sistema parlamentar.

Após isso, terá de ser julgado pelos 11 ministros do STF, que decidirão se Temer se tornará réu ou não. Se caso isso acontecer, quem assumirá interinamente será o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, porém o general Augusto Heleno tem uma opinião muito polêmica.
General Augusto Heleno manda recado

Um dos generais mais respeitados dentro das Forças Armadas tem uma opinião que diverge de muitos dentro da organização, pois já assumiu que a pior ditadura é aquela que vem disfarçada de democracia, indicando que o Brasil vive um regime que compromete a liberdade do cidadão.

Após o valor destinado para combater o desmatamento pela Noruega ao Brasil ser reduzido primeira-ministra da Noruega, Erna Solberg, pelo fato do governo norueguês ter ficado insatisfeito com os resultados, o presidente Michel Temer aceitou as condições e o general Augusto Heleno criticou, duramente, o representante do país, pois considerou que a primeira-ministra teve uma atitude mal-educada e que ainda dá para Temer se pronunciar diante do mundo por essa atitude.

A Noruega é a maior doadora para manter a floresta Amazônica, porém o general não concorda com o Brasil receber recursos de outros países para mantê-la, já que ele considera um patrimônio do Brasil e não da humanidade
Apoiadores do general

Muitos apoiam o general como presidente da República, já que o mesmo expõe muitas críticas ao governo.

O general Augusto Heleno vem ganhando uma grande popularidade e muitos já especulam que ele seja um possível candidato à presidência da República em 2018, porém o militar ainda não se pronunciou sobre essa ideia.

O general já se mostrou muito firme em suas declarações e por isso ganha muitos seguidores, ele é um dos militares mais respeitado dentro das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Lula já foi acusado de ter outro imóvel de veraneio no Guarujá em 1982! Entenda o caso:

O candidato do Partido dos Trabalhadores, Luiz Inácio Lula da Silva, durante campanha para o Governo do Estado de São Paulo no ABC em 1982 (Carlão/Folhapress)

Antes de discursar em um ato público, Luiz Inácio Lula da Silva desafia a todos aqueles que dizem que ele tem um imóvel de veraneio no Guarujá, litoral de São Paulo, e afirma que, se conseguirem provar que o bem pertence a ele, renuncia à sua candidatura.

Parece algo atual – Lula está para ser julgado pelo juiz Sergio Moro por, segundo o Ministério Público Federal, ser dono de um tríplex no Guarujá, fruto de esquema de corrupção na Petrobras. Mas o ano era 1982. Lula, então um líder sindical do ABC paulista que rapidamente ganhava projeção nacional – um ano antes, ajudara a fundar o PT, do qual era presidente – disputava seu primeiro cargo público, o de governador de São Paulo.

Na reta final da eleição, em novembro, um panfleto apócrifo intitulado “Ao povo de São Bernardo – A honestidade de Lula” trazia a foto de um imóvel de alto padrão e dizia que era a “casa do Lula, onde ele passa suas férias no Guarujá”. Também por meio de panfletos apócrifos, Lula já havia sido acusado de morar em uma mansão no Morumbi (que nunca apareceu) e de viajar seguidamente ao exterior.

           Reportagem do jornal O Estado de S. Paulo de 13 de novembro de 1982 sobre o panfleto apócrifo (Reprodução/Reprodução)


“A onda da mansão do Morumbi não pegou, porque o Lula mora no Jardim Lavínia, à rua Maria Azevedo, 273 [em São Bernardo do Campo]. Agora, inventaram a casa de férias no Guarujá. Nos últimos dez anos, as únicas férias que o Lula teve foram os 31 dias que passou na cadeia do Dops (órgão de repressão política da ditadura). Desafiamos os acusadores do Lula a mostrarem a cara e darem o endereço da tal casa do Guarujá e sua escritura”, dizia nota oficial divulgada pelo PT.

Lula foi irônico: “Se soubessem que eu tinha uma casa no Guarujá, deviam publicar também seu endereço, e não só a foto, assim eu já ocupava a casa, porque é o sonho de todo trabalhador ter uma casa para morar ou para descansar”, disse.


Gilmar Mendes e Michel Temer declaram fim da Lava Jato nomeando a nova PGR! O Brasil é deles

Gilmar Mendes salvou Michel Temer no TSE.
Agora Michel Temer decidiu nomear uma favorita de Gilmar Mendes para o comando da PGR.
O Brasil é deles.


Michel Temer está fazendo na PGR exatamente o que fez no TSE.
Deu certo no primeiro caso, deve dar certo também no segundo.
Leia o comentário de Merval Pereira:
“O presidente Michel Temer está sinalizando com uma expectativa de poder, que hoje ele tem bastante limitada, com o anúncio da nomeação da Procuradora Raquel Dodge para substituir Rodrigo Janot a partir de setembro na Procuradoria-Geral da República.

Ele fez a mesma coisa com os dois ministros do TSE que substituiu antes do julgamento final da chapa Dilma/Temer. Nomeou-os antes mesmo que os antigos ministros encerrassem seus mandatos, mas garantiu uma decisão favorável a ele e Dilma quando anteriormente havia uma possibilidade de derrota.

Com a nomeação da nova Procuradora-Geral da República, segunda colocada na lista tríplice que lhe foi entregue ontem mesmo, Temer tenta enfraquece Janot e dá um sinal à sua base parlamentar de que tudo vai mudar a partir de setembro.

Os políticos já se sentirão mais seguros para votar contra o pedido de processo no Supremo Tribunal Federal feito pelo atual (ex?) Procurador-Geral, uma figura de resto odiada pelos parlamentares, especialmente por aqueles que estão na lista de acusados da Operação Lava Jato (…).

O presidente confirma as desconfianças de que trabalhará abertamente contra a Lava Jato, o que agrada sua base aliada, mas pode provocar reações contrárias muito significativas. Nesse ambiente tumultuado por si só, e que medidas intempestivas do Palácio do Planalto só fazem complicar, dificilmente Temer terá condições de aprovar as reformas, tal o assédio por benesses que receberá”.

E para firmar o golpe contra a Lava Jato:
“Cármen Lúcia deu sinais nos bastidores de que deverá votar pela possibilidade de revisão dos benefícios de um delator se as informações fornecidas não forem eficazes para a investigação.
Já têm esse entendimento Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Marco Aurélio Mello.
Se Cármen votar com o trio, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes já anunciaram que mudarão seus votos”.

Fachin tira de Sérgio Moro mais um inquérito contra Lula; processo vai para São Paulo


O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a remessa para a Justiça Federal em São Paulo de cópia dos autos da petição na qual constam as delações do patriarca da Odebrecht, Emílio Alves Odebrecht, e do executivo Alexandrino de Salles Ramos Alencar envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um dos seus filhos, Luís Cláudio Lula da Silva.
Inicialmente, o ministro havia determinado o envio dos autos para o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, mas, após agravo regimental apresentado pela defesa de Lula, ele reverteu a decisão por entender não haver conexão deste caso com os fatos apurados na Operação Lava Jato. As informações foram divulgadas no site do Supremo.

Na semana passada, Fachin já havia tirado da tutela de Moro outras investigações que citam o ex-presidente. De acordo com fatos narrados na petição, em contrapartida ao auxílio no relacionamento entre a então presidente Dilma Rousseff e o empreiteiro Marcelo Bahia Odebrecht, o grupo empresarial apoiaria o filho do ex-presidente na criação de uma liga de futebol americano no Brasil.

Ao apreciar o pedido da defesa, o ministro Fachin salientou não ter constatado, de início, qualquer relação com a Operação Lava Jato e que, embora o Ministério Público Federal tenha feito referência a processo em curso na Seção Judiciária do Paraná, “no momento não se pode falar em conexão a outros fatos apurados em relação aos agravantes”.

De acordo com o ministro, “como a narrativa é de que os fatos teriam se passado na cidade de São Paulo, na qual foram realizadas as tratativas sobre os apoios recíprocos e que envolviam, de certa forma, o prestígio de Lula junto à Presidência da República, essa circunstância atrai a competência da Justiça Federal (artigo 109, inciso IV, da Constituição Federal)”. Por este motivo, o ministro determinou a remessa das cópias dos termos de depoimento à Justiça Federal de São Paulo “para as providências cabíveis”.

Michel Temer e o Satanismo


Michel Temer e Bita do Barão

Em Codó, comentário é que Sarney não dá um passo sem se consultar com o Mestre

A coluna de Leo Dias, de O Dia, afirmou nesta terça-feira (20/04) que o vice-presidente da República, Michel Temer viajou até o Maranhão para se consultar com o pai de santo Bita do Barão semanas antes da votação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.



Bita, cujo nome de batismo é Wilson Nonato de Souza, vive na cidade de Codó — a 292 quilômetros da capital do Maranhão, São Luís — e está mais do que acostumado a receber políticos em sua casa. Reza a lenda que o ex-presidente Fernando Collor de Mello já se consultou com o babalorixá. José Sarney é outro cliente ilustre.

Na cidade, o comentário é que Sarney não dá um passo sem se consultar com o Mestre Bita, como ele prefere ser chamado.

A consulta para pessoas ‘normais’ custa entre R$ 300 e R$ 500. Político paga mais caro: acima de R$ 700. Fora o trabalho. O colunista diz que entrou em contato com a Tenda Espírita de Mestre Bita, que não confirmou a ida de Temer ao local. O que já era de se esperar.

Em entrevista a um blog do Maranhão, Mestre Bita já havia dito que não revelava os nomes de seus consulentes: “Não posso falar os nomes dos políticos, porque seria fora da ética”, disse ele, que tem entre 95 e 105 anos (ele não revela a idade).

Fonte: Coluna Léo Dias/O Dia
Extraído de: 180 graus


Via: O Correio de Deus

Michel Temer, Daniel Mastral e os Filhos do Fogo


Na primeira década desse século fez mediano sucesso um livro chamado FILHO do FOGO. O livro conta a história de um jovem que desde cedo havia sido escolhido por uma seita satânica para desempenhar papel fundamental em missões malignas a ser desempenhadas no país.

No livro o jovem Daniel Mastral descobriu que o Sacerdote e Grão mestre da grande seita satânica que reunia políticos e autoridades do alto escalão do governo era alguém que muitos descreveram como Michel TEMER. Na obra o líder satanista associado a Michel Temer participa de um ritual satânista com sacrifícios humanos.

O ritual descrito no livro não era nada "chulé", daquelas macumbinhas de fundo de quintal. O mestre MARLON só frequentava altos círculos satânicos, nada de cachaça e despacho em pratos de barro como pipoca e galinha preta. Era coisa chique mesmo, com bebidas caras e sacerdotes chegando de helicóptero.

Quem pensava que esse boato não chegaria a aborrecer Michel Temer ficou surpreso ao saber, nessa segunda-feira, 24 de abril de 2017, após o depoimento de João Santana, que Michel TEMER foi de certa forma “escondido” na primeira campanha de DILMA justamente por ser visto por grande parte dos brasileiros como SATANISTA e BRUXO.


De fato, ao utilizar-se o recurso auto-completar do google, que mostra as buscas mais realizadas em relação aos termos digitados, é comprovado que TEMER até hoje tem seu nome associado ao ocultismo.

Realizando a pesquisa de forma inversa, citando o nome do autor e personagem do livro, que teria um pai satanista. O resultado revela o pensamento de muita gente.










Em depoimento ao TSE, João Santana diz que nome de Temer era associado ao ‘diabo’

O marqueteiro João Santana (que ficou milionário às custas do dinheiro público desviado pelo PT) detalhou ao TSE alguns detalhes ‘sinistros’ sobre o vice-presidente (ops….) presidente Michel Temer.

De acordo seu depoimento, Temer o questionou (durante a campanha presidencial) porque ele aparecia tão pouco nas propagandas da chapa PT/PMDB.


O marqueteiro não pensou duas vezes e respondeu:

“Vou abrir o jogo […] algo me surpreende. O senhor é acusado de satanismo”, declarou ao TSE.

Santana explicou que, durante sua juventude, ele teria estudado ocultismo e o nome de Temer era visto como um ‘elo com o encardido’:

“Talvez seja seu nome […] Michel foi um satanista francês muito conhecido no século 19 […] talvez seja isso” disse Santana para Temer em 2014.

O marqueteiro também alegou que o nome do vice (e atual presidente) estava sempre ligado a teses de adoração do diabo, o que afugentava afugentava os eleitores.

Michel Temer chegou a aparecer em público para afirmar que tudo não passava de boato.

Moro deve condenar Lula a até 22 anos de prisão - PGR aponta organização criminosa na cúpula de Temer





A revista Istoé afirmou na edição deste final de semana que o juiz Sérgio Moro, que comanda a Operação Lava Jato na primeira instância, deve condenar nos próximos dias o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à prisão no caso do tríplex do Guarujá.

Integrantes da Operação Lava Jato consultados pelo jornal afirmam que o petista será condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e deve pegar até 22 anos de cadeia – 10 anos por lavagem de dinheiro e 12 por corrupção passiva. "No cronograma de Sérgio Moro só uma etapa o separa do anúncio da condenação de Lula: a definição da pena a ser aplicada ao ex-ministro Antonio Palocci, hoje preso", afirma a publicação. Não há prazo estabelecido para a decisão final.

O Ministério Público Federal de Curitiba (MPF), responsável pelas investigações da Operação Lava Jato, pediu no início do mês a Moro a condenação do ex-presidente e de outros seis réus pelos crimes de corrupção passiva e ativa e lavagem de dinheiro. O MPF quer que todos cumpram as respectivas penas em regime fechado e que Moro determine a apreensão de R$ 87.624.971,26, correspondente ao valor das propinas que teriam sido pagas nos contratos da OAS com a Petrobras.



O prazo para as alegações finais da defesa do petista acabou no último dia 20. Segundo a defesa, apesar de o apartamento 164 A do edifício Solaris estar em nome da OAS Empreendimentos S/A, em 2010, todos os direitos econômicos e financeiros sobre o imóvel foram passados para um fundo gerido pela Caixa Econômica Federal. “A acusação do Ministério Público Federal diz que, no dia 8 de outubro de 2009, o ex-presidente teria recebido a propriedade desse triplex. A denúncia diz ainda que os recursos para a compra e reforma do imóvel são provenientes de três contratos firmados entre Petrobras e OAS. Mas com a OAS transferindo o imóvel para a Caixa Econômica Federal, nem Leó Pinheiro [ex-presidente da construtora] nem a OAS tinham a disponibilidade deste imóvel para dar ou para prometer para quem quer que seja sem que fosse feito o pagamento para a Caixa Econômica Federal”, disse um dos advogados, Cristiano Zanin.


__________________________________________________


Na denúncia de Rodrigo Janot, a cupula "PMDB da Câmara", o Presidente da República e possivelmente os seu principais ministros integram um organização criminosa:
"Quando da instauração do inquérito no 4327, vislumbraram-se como potenciais componentes dessa organização criminosa ANÍBAL GOMES, EDUARDO CUNHA, HENRIQUE EDUARDO LYRA ALVES, ALEXANDRE SANTOS, ALTINEU CORTÊS, JOÃO MAGALHÃES; MANOEL JUNIOR, NELSON BOURNIER, SOLANGE ALMEIDA, ANDRE ESTEVES, FERNANDO ANTÔNIO FALCÃO SOARES, ANDRE MOURA (filiado ao PSC); ARNALDO FARIA DE SÁ (filiado ao PTB), CARLOS WILLIAN (filiado ao PTC) e LÚCIO BOLONHA FUNARO.
As investigações conduzidas no bojo do Inquérito n. 4.483 indicam não apenas a continuidade da atividade da organização criminosa, como também a participação de MICHEL TEMER, RODRIGO LOURES, ora denunciados, bem como possivelmente do ex-deputado federal e ex-Ministro de Estado GEDDEL VIEIRA LIMA, apontado como homem de confiança de MICHEL TEMER para o trato de negócios escusos, de WELLINGTON MOREIRA FRANCO, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, e de ELISEU LEMOS PADILHA, ministro-chefe da Casa Civil."

Moro: "Quem critica a colaboração premiada é, aparentemente, favorável à omertà (código de silêncio das máfias)"





Sérgio Moro faz uma defesa vigorosa da delação premiada, na sentença de Antônio Palocci:
"161. Não desconhece este julgador as polêmicas em volta da colaboração premiada.
162. Entretanto, mesmo vista com reservas, não se pode descartar o valor probatório da colaboração premiada. É instrumento de investigação e de prova válido e eficaz, especialmente para crimes complexos, como crimes de colarinho branco ou praticados por grupos criminosos, devendo apenas serem observadas regras para a sua utilização, como a exigência de prova de corroboração.

163. Sem o recurso à colaboração premiada, vários crimes complexos permaneceriam sem elucidação e prova possível. A respeito de todas as críticas contra o instituto da colaboração premiada, toma-se a liberdade de transcrever os seguintes comentários do Juiz da Corte Federal de Apelações do Nono Circuito dos Estados Unidos, Stephen S. Trott:

"Apesar disso e a despeito de todos os problemas que acompanham a utilização de criminosos como testemunhas, o fato que importa é que policiais e promotores não podem agir sem eles, periodicamente. Usualmente, eles dizem a pura verdade e ocasionalmente eles devem ser usados na Corte. Se fosse adotada uma política de nunca lidar com criminosos como testemunhas de acusação, muitos processos importantes - especialmente na área de crime organizado ou de conspiração - nunca poderiam ser levados às Cortes. (...)

164. Em outras palavras, crimes não são cometidos no céu e, em muitos casos, as únicas pessoas que podem servir como testemunhas são igualmente criminosos.

165. Quem, em geral, vem criticando a colaboração premiada é, aparentemente, favorável à regra do silêncio, a omertà das organizações criminosas, isso sim reprovável. Piercamilo Davigo, um dos membros da equipe milanesa da famosa Operação Mani Pulite, disse, com muita propriedade: "A corrupção envolve quem paga e quem recebe. Se eles se calarem, não vamos descobrir jamais" (...)

166. É certo que a colaboração premiada não se faz sem regras e cautelas, sendo uma das principais a de que a palavra do criminoso colaborador deve ser sempre confirmada por provas independentes e, ademais, caso descoberto que faltou com a verdade, perde os benefícios do acordo, respondendo integralmente pela sanção penal cabível, e pode incorrer em novo crime, a modalidade especial de denunciação caluniosa."

"Sempre ouvi boatos de que a JBS era, na verdade, de Lula" twittou Janaina Paschoal


A advogada Janaina Paschoal, coautora do pedido de impeachment contra Dilma Rousseff, sugeriu pelo Twitter, que o ex-presidente Lula seria dono da JBS.
Numa sequência de 40 tuítes, ela dá vazão a boatos de internet sem fundamento, ao dizer que a Friboi é de Lula, que o empresário Joesley Batista blinda o ex-presidente e que isso precisa ser apurado.
Primeiro, a jurista questiona o acordo de leniência firmado entre a empresa frigorífica e o Ministério Público Federal, destacando em seguida que "a cada dia, fica mais claro que Joesley blindou Lula. Em depoimento, ele mencionou contas no exterior, mas disse que tratava com Mantega".

Para ela, o fato de o empresário não mencionar Lula é "prova" de que Batista acoberta o ex-presidente. "Entendo que as provas entregues pela JBS são válidas, mas Joesley precisa levar aos autos o que omitiu. Por que está defendendo Lula?", questionou.
"Sempre ouvi boatos de que a JBS era, na verdade, de Lula. Boatos de que os açougueiros seriam seus laranjas. Isso haveria de ser apurado. Por que Joesley blinda Lula? Por que escondeu a reunião com Lula e Cunha? Por que sua empresa foi a maior beneficiada pelo BNDES?", perguntou ainda.
"Lula, em 70 anos de existência, amealhou um patrimônio significativo, que não é seu. Lula tem um sítio, em Atibaia, que não é dele e decorou um apartamento, no Guaruja, que também não é dele. Nada que ele tem é dele!  O dono da JBS implicou todo mundo, menos Lula. Será que Lula tem uma grande empresa que não é dele?", prosseguiu.
A advogada questiona ainda a legitimidade do sucesso dos irmãos Batista: "Notem que foi no governo de Lula, que a JBS passou a existir! Conheço excelentes açougueiros. Sr. Carlos, do Tatuapé, era um deles! Mas acho difícil uma dupla de açougueiros crescer tanto em tão pouco tempo e passar a transitar em reuniões com tantas autoridades".

Somos uma piada institucional 2



A Procuradoria-Geral da República tem pronta sua mais impactante denúncia em três anos de Lava Jato, em termos institucionais. Com base em investigações realizadas a partir de informações dadas pelo empresário Joesley Batista e executivos do grupo JBS em seu acordo de delação premiada, os procuradores acusam o presidente da República, Michel Temer, pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e obstrução da Justiça. T
Temer, segundo publicação da revista Época, edição desta quinta-feira, 15, é apontado como líder da organização criminosa do PMDB, que usou sua posição privilegiada no poder para obter vantagens financeiras ilícitas em troca de benesses com dinheiro público. Para evitar ataques políticos, acusações de açodamento ou desrespeito aos direitos de Temer, a Procuradoria decidiu esperar o máximo possível pela conclusão da perícia na gravação da conversa de Temer com Batista. No entanto, como há um réu preso, o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures, corre um prazo de 15 dias. Os investigadores estão tranquilos quanto à gravação, pois consultaram três especialistas e têm também a admissão de Temer sobre o diálogo.
A convicção de que Temer e seu grupo estão no topo da organização criminosa surgiu aos poucos, durante a investigação. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recorre à imagem de um navio para explicar a importância do PMDB e a resiliência do grupo às pancadas dadas pela Lava Jato. Nesse navio, todos os tripulantes poderiam ser facilmente substituídos em caso de abalroamento, com exceção dos que comandam a cabine do capitão e dos que cuidam da casa de máquinas. Na sala do capitão, Janot coloca a cúpula do PMDB: Temer, o ex-presidente José Sarney e os senadores Renan Calheiros, Romero Jucá e Jader Barbalho. Na casa de máquinas ficam, na visão de Janot, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chefe maior do PT, e o senador afastado Aécio Neves, presidente afastado do PSDB. A denúncia que está por vir, portanto, ataca o atual capitão do navio.

RESTO DO NAVIO

Nos últimos meses, Temer viu seus aliados mais próximos – a turma que cuida do resto do navio – sucumbir ao poder investigatório. Praticamente quase todo o seu séquito de apoiadores históricos está na cadeia ou ferido pela descoberta de malfeitos. O último a cair foi o ex-ministro Henrique Eduardo Alves, do PMDB. Afastado do poder desde o ano passado, quando entregou o cargo de ministro do Turismo, Alves já esperava pelo pior. Na manhã da terça-feira (6), a Polícia Federal bateu em sua porta e o levou para a cadeia, a mando da Operação Lava Jato. Alves foi preso por um dos episódios de corrupção no qual figura como suspeito. É acusado de receber propina pela construção da Arena das Dunas, em Natal, Rio Grande do Norte, um dos estádios erguidos para a Copa do Mundo de 2014. Recebeu porque tinha influência política suficiente pra cobrar pedágio de empreiteiras escolhidas para realizar a obra – simples assim, pela lógica de ocupação do Estado abalada, mas ainda em vigor.
A prisão foi sentida no Palácio do Planalto. Foi um golpe decisivo da Lava Jato no PMDB, especificamente o PMDB da Câmara, a facção do partido da qual Temer é oriundo, e que controlava parte do esquema de desvio de recursos da Petrobras e de outras fontes. Com Alves na cadeia, já são três aliados muito próximos do presidente encarcerados e à disposição pela Lava Jato. Ao todo, dez políticos e operadores ligados direta ou indiretamente a Temer estão nas garras da Lava Jato [leia os quadros ao longo desta reportagem]. Os últimos meses foram de devastação para o presidente no Palácio do Planalto. Todos os seus assessores especiais – José Yunes, Rodrigo Rocha Loures, Tadeu Filippelli e Sandro Mabel – foram embora por causa das investigações. Rocha Loures está na cadeia e Filippelli passou por lá. Yunes se ofereceu e foi falar à Lava Jato. Mabel saiu de fininho no mês passado. Devido a este histórico recente, apesar de o desemprego ser um problema no país, pouca gente se voluntaria ao cargo de “assessor especial” da Presidência no momento.

FORO

Dois dos ministros mais poderosos e próximos do presidente – Moreira Franco e Eliseu Padilha – permanecem no cargo em grande parte por necessidade da proteção do foro privilegiado. Foram mencionados pelos delatores da Odebrecht e são investigados por corrupção. O detento mais recente, Henrique Alves, era parceiro de negócios de Eduardo Cunha, outro ex-presidente da Câmara, preso em Curitiba desde o ano passado. O fato de os dois terem chegado à presidência da Casa, como Temer, não é aleatório. O grupo dominava o maior partido da Casa e fazia sua vontade prevalecer na política e nos negócios que a cercam. Além dos dois há pelo menos mais dois presos – o ex-­deputado Rodrigo Rocha Loures e o operador Lúcio Funaro – capazes de infligir severos danos a Temer se decidirem fechar acordos de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República.
Entre eles, o mais adiantado é Funaro, cuja oferta de delação ÉPOCA antecipou na semana passada. Funaro é o menos próximo de Temer. Mas, como operador de Cunha, era uma espécie de banco do PMDB da Câmara e afirma ter cuidado de operações financeiras para campanhas do PMDB e do presidente. Há semanas Temer busca pontos de apoio para resistir ao impacto do que os investigadores descobriram e tornaram público. O governo passou a atuar com ações orquestradas entre Executivo, Legislativo e Judiciário, numa reação dos ocupantes do poder para interromper a sangria de grandes proporções. A frente mais urgente foi enfrentada na semana passada, no julgamento no Tribunal Superior Eleitoral, que examinou a situação da chapa Dilma Rousseff­-Michel Temer, eleita em 2014 turbinada pelo caixa dois proporcionado por Odebrecht e JBS, entre outras, e exposto claramente pela Lava Jato. Dias antes do julgamento, o Planalto entrou forte no jogo. Gustavo Rocha, subchefe jurídico da Casa Civil, ex-assessor do ex-deputado Eduardo Cunha, procurou ministros do tribunal. Não foi atendido por telefone, por medo de grampos da Polícia Federal. No exame do caso na semana passada, parte dos ministros do TSE jogou a favor do governo e preferiu não aceitar as provas fornecidas pela Odebrecht.

JOSÉ SARNEY

Próximo ao ex-presidente José Sarney, o ministro Napoleão Maia foi dos mais enfáticos contra o relator Herman Benjamin sobre o uso dessas provas. Na quarta-feira (7), enquanto transcorria o segundo dia de julgamento no TSE e Maia discordava do relator, Herman Benjamin, partidário da cassação da chapa, o sobrinho de Maia, Luciano Nunes Maia, era sabatinado no Senado para uma posição no Conselho Nacional do Ministério Público – apesar da exígua experiência de apenas oito anos como magistrado. Era a mão do governo fazendo o que sabe, a troca de cargos por apoio a Temer. Na última hora, o presidente do Senado, Eunício Oliveira, desistiu de votar a indicação devido ao baixo quórum. Luciano terá de esperar um pouco mais para assumir o cargo. O jogo das trocas corre solto. O próprio senador Eunício negocia a indicação de um aliado a uma vaga de ministro suplente do TSE. Pela missão de conversar com os ministros do TSE, Gustavo Rocha emplacou um amigo em uma vaga no Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Ao chegar tão perto de Temer, no entanto, a Lava Jato se depara com o maior contra-ataque já elaborado contra seu trabalho. Os métodos do governo ficam paulatinamente mais agressivos. O Executivo disparou um forte ataque ao grupo JBS, de Joesley Batista. Até há pouco, a JBS era cortejada no Congresso, uma das maiores beneficiadas pelo governo federal na última década, com empréstimos generosos de dinheiro público do BNDES, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, e da Caixa. Joesley era recebido no escritório de Temer em São Paulo e era uma espécie de parceiro financeiro, que forneceu recursos ao PMDB a pedido de Temer. Emprestava seu jatinho de bom grado para Temer viajar com a família para a Bahia. A Lava Jato e outras operações desmascararam essa relação espúria da empresa com o governo. E, após a delação de Joesley complicar a vida de Temer, o vento mudou.

FATÍDICA CONVERSA

A Comissão de Valores Mobiliários, que investiga irregularidades no mercado financeiro, abriu 11 procedimentos contra a JBS. Na semana passada, a Caixa antecipou a cobrança de uma dívida de R$ 50 milhões da Flora, uma das empresas da J&F, a holding que reúne todas as empresas dos Batista. Credor do conglomerado com cerca de R$ 10 bilhões, o banco também tomou medidas para evitar que o grupo possa tomar novos empréstimos no mercado. Na quinta-feira (8), foi a vez de a Petrobras anunciar que não fornece mais gás à usina Âmbar. A Âmbar é a empresa que levou à prisão o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures. Na fatídica conversa na noite no Jaburu, em 7 de março, Joesley perguntou a Temer sobre quem seria seu interlocutor para resolver problemas. “É o Rodrigo”, disse Temer. “É o Rodrigo? Então ótimo”, disse Joesley. Quando encontrou Rodrigo Rocha Loures, Joesley pediu ajuda para obter no Cade, órgão que zela pela livre concorrência, uma decisão favorável a um pedido para comprar gás diretamente da Bolívia, não mais da Petrobras. Segundo Joesley, o preço da estatal lhe causava prejuízo diário de R$ 1 milhão. Por isso topou pagar propina de R$ 500 mil semanais por 20 anos – e Rocha Loures foi filmado pela Polícia Federal na entrega da primeira mala. Com a decisão da semana passada, a Petrobras deixou a Âmbar sem gás. Uma vingança que vai custar mais de R$ 1 milhão por dia aos Batista.
A JBS já fez sua delação. Foi bem tratada no passado e sente a ira da vingança dos políticos agora. Contudo, a atitude do governo é uma ameaça clara a empresários dispostos a delatar – e há alguns na fila. Fez-se de tudo para evitar que executivos da Odebrecht ficassem de boca fechada, o governo agora deixa claro que quem delatar e causar problemas aos ocupantes do poder vai apanhar muito. Nos próximos dias será instalado o braço do Legislativo a fazer o enfrentamento com a Lava Jato. Começará a funcionar no Congresso a CPMI da JBS, cujo objetivo no papel é “investigar supostas irregularidades envolvendo as empresas JBS e J&F em operações realizadas com o BNDES e BNDES-PAR ocorridas entre os anos de 2007 e 2016, que geraram prejuízos ao interesse público; e os procedimentos do acordo de colaboração premiada celebrado entre o Ministério Público Federal e os acionistas das empresas JBS e J&F”. Em 2009, o Senado criou a CPI da Petrobras com função parecida. Hoje sabe-se que foi uma ótima oportunidade para que parlamentares como o senador Gim Argello, preso em Curitiba, cobrassem resgate de empresas para evitar sua convocação.
O objetivo da CPMI da JBS é diverso da “investigação”. Incentivados pelo Palácio do Planalto, os parlamentares querem usar requerimentos, depoimentos e pedidos de informação para fustigar as investigações da Lava Jato. Um dos primeiros requerimentos a ser apresentados será um convite ao ministro Edson Fachin, o relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, para que compareça ao Senado e explique se tem alguma ligação com um dos delatores da JBS, o executivo Ricardo Saud. Deputados e senadores não têm poder para convocar um ministro do Supremo. No entanto, o simples convite já cria um constrangimento significativo para Fachin. Há dois anos, o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do PMDB, ficou célebre por executar manobras agressivas desse tipo feitas nos bastidores e, depois, a céu aberto. O governo, no entanto, adotou sua sistemática e a executa abertamente.

LAVA JATO

Escárnio maior, após meses de espera, na semana passada a nova composição do Conselho de Ética do Senado começou a trabalhar. Uma de suas maiores estrelas, Romero Jucá, do PMDB, cinco inquéritos da Lava Jato nas costas, citado em depoimentos de sete delatores da Odebrecht, apresentou um requerimento pelo qual pede que sejam definidas as atribuições do Conselho, da Procuradoria-Geral da República e do Supremo no caso de denúncia e investigação de senadores. O objetivo mais imediato é encontrar brechas para reverter o afastamento do senador Aécio Neves, determinado por Fachin após as revelações da delação da JBS. O cenário futuro é beneficiar o próprio Jucá e colegas como Renan Calheiros – 12 inquéritos da Lava Jato nas costas, mencionado por 12 delatores da Odebrecht em depoimentos, que correm um risco parecido. Já que fracassaram as tentativas de segurar as investigações, parte dos senadores quer montar chicanas capazes de evitar a efetivação das punições.
Apesar de a Procuradoria-Geral da República estar prestes a disparar uma denúncia capaz de abalar o comando do que considera o navio da corrupção, os incansáveis marinheiros, aqueles que podem ser substituídos, vão continuar a trabalhar para contornar as dificuldades. A oferta de cargos, a esperança de manter o antigo sistema e o instinto de sobrevivência são motivos mais que suficientes para seus esforços.
Nota da assessoria de imprensa da Engevix
A Engevix afirma que é absolutamente falsa a informação de que pagou qualquer valor ao coronel João Baptista Lima Filho em contratos envolvendo a Eletronucelar.
A Engevix foi subcontratada da AF Brasil, consórcio entre a AF internacional e a Argeplan, empresa de Lima Filho, para a realização de obras.

Sergio Moro impediu manobra de Lula, Cunha e Joesley para enterrar a Lava Jato

Lula, Eduardo Cunha e Joesley Batista se reuniram para discutir o impeachment.
A conspirata foi revelada por Eduardo Cunha e confirmada pelo próprio Joesley Batista.
O advogado do dono da JBS disse:
“O empresário (…) não apenas esteve em outras ocasiões com o ex-presidente Lula como também intermediou encontros de dirigentes do PT com Eduardo Cunha”.

A data do encontro clandestino entre Lula, Eduardo Cunha e Joesley Batista é fundamental para se compreender o que eles discutiram.
Eles se reuniram em 26 de março de 2016.

Dez dias antes do encontro, em 16 de março, Dilma Rousseff nomeou Lula para a Casa Civil, a fim de que ele obtivesse o foro privilegiado e escapasse da Lava Jato, que se preparava para prendê-lo.
No mesmo dia, o juiz Sergio Moro divulgou o grampo em que Lula e Dilma Rousseff combinavam a tramóia.

Em 17 de março, a Câmara dos Deputados elegeu os integrantes da Comissão Especial do impeachment.
Um dia depois, Gilmar Mendes suspendeu a nomeação de Lula para a Casa Civil.
O trio barra-pesada, portanto, reuniu-se para coordenar as manobras dos vários ramos da ORCRIM para enterrar a Lava Jato e negociar uma saída para o impeachment.

O novo pacto: Sacrificar Mantega e salvar Lula assim como foi com Dirceu no mensalão



Eliane Cantanhêde escreveu que Joesley Batista está centrando fogo em Michel Temer e protegendo Lula. E que, ao proteger Lula, parece ter combinado o jogo com Antônio Palocci, que está empurrando as culpas para Guido Mantega -- candidato a ser agora o que José Dirceu foi no mensalão:

"Mantega é o Dirceu da vez, o que Antonio Palocci (esse é esperto) reforça no processo. Para se defender, ataca Mantega. Os dois, como ministros, usaram a Fazenda para negociatas, achaques, coleta de propinas para o PT. Espantoso! Mas Palocci tira o corpo fora e joga no colo de Mantega – com ajuda de Joesley. Parece estratégia, jogo combinado. Eles precisam livrar o Lula e livrar Palocci, que é Lula. Então, jogam Mantega na fogueira, assim como jogaram Dirceu."

A colunista está certa: é preciso exigir de Joesley que ele entregue Lula completamente, da mesma forma que entregou Temer. Isso está muito longe de poupar Temer.

Joesley: "Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muito perigosa"


Após dizer à Época que Michel Temer lidera "a maior e mais perigosa organização criminosa desse país", Joesley Batista, da JBS, apontou quem são os integrantes:
"O Temer é o chefe da Orcrim da Câmara. Temer, Eduardo [Cunha], Geddel [Vieira Lima], Henrique [Eduardo Alves], [Eliseu] Padilha e Moreira [Franco]. É o grupo deles. Quem não está preso está hoje no Planalto. Essa turma é muita perigosa. Não pode brigar com eles. Nunca tive coragem de brigar com eles. Por outro lado, se você baixar a guarda, eles não têm limites. Então meu convívio com eles foi sempre mantendo à meia distância: nem deixando eles aproximarem demais nem deixando eles longe demais. Para não armar alguma coisa contra mim. A realidade é que esse grupo é o de mais difícil convívio que já tive na minha vida. Daquele sujeito que nunca tive coragem de romper, mas também morria de medo de me abraçar com ele."

Temer não tem cerimônia para pedir dinheiro, diz Joesley

Joesley Bastita explicou que a natureza de sua relação com Michel Temer, por seu lado, era a "de um empresário que precisava resolver problemas e via nele [Temer] a condição de resolver problemas".
Já pelo presidente, Joesley diz que era visto "como um empresário que poderia financiar as campanhas dele – e fazer esquemas que renderiam propina".
"Conheci Temer, e esse negócio de dinheiro para campanha, aconteceu logo no iniciozinho [em 2010]. O Temer não tem muita cerimônia para tratar desse assunto. Não é um cara cerimonioso com dinheiro."

"Toda vida tive total acesso a Temer", diz Joesley


Joesley Batista disse à Época que "toda vida" teve "total acesso" a Michel Temer.
Conheceu o peemedebista por intermédio de Wagner Rossi, "em 2009, 2010"; e no segundo encontro Temer já lhe deu o número de celular, de modo que passaram a trocar mensagens.
"Sempre tive relação direta. Fui várias vezes ao escritório da Praça Pan-Americana, fui várias vezes ao escritório no Itaim, fui várias vezes na casa dele em São Paulo, fui alguma vezes ao Jaburu, ele já esteve aqui em casa, ele foi ao meu casamento. Foi inaugurar a fábrica da Eldorado."

A prova de que Temer é igual a Lula: veja o que diz procurador da lava jato Carlos Fernando


O procurador Carlos Fernando escreveu há pouco no Facebook um testemunho que merece ser viralizado:

"Amigos,
a operação lava jato começou ostensivamente em março de 2014. Fui convidado a participar das investigações pelo Dr. Deltan Dallagnol, com o respaldo do Procurador Geral da República Dr. Rodrigo Janot.
Nesses mais de três anos desvendamos com o apoio da Polícia Federal e da Receita Federal diversas organizações criminosas, tanto empresariais, quanto político-partidárias, que vêm sugando a vitalidade dos cidadãos brasileiros.
Esses esquemas criminosos nos vampirizam, por um lado, pela corrupção, que corrói nossa economia e irriga os cofres de partidos políticos, políticos e funcionários públicos, e por outro lado, pelo benefício ilegal a empresas, seus proprietários e executivos em contratos públicos.
Apesar do sucesso das investigações até o momento, sempre soubemos o tamanho das forças contrárias que enfrentaríamos. Nunca fomos ingênuos a esse respeito. Por sorte pudemos contar com o apoio de pessoas de bem.
Infelizmente, entretanto, algumas das pessoas que nos apoiavam o fizeram por motivos mesquinhos ou ingênuos. Os primeiros queriam apenas substituir um partido pelo seu próprio partido, sem qualquer pretensão de buscar o bem comum. Já os segundos acreditavam que todo mal estava no governo do PT. Ledo engano.
A verdade é que estamos mergulhados em uma crise de um sistema político - partidário corrupto, que usa, independentemente do partido, de todos os meios ilícitos para sobreviver.
Esse sistema corrupto continua no atual governo. Não sejamos ingênuos ou, pior, cegos por não desejarmos ver a verdade. A atual luta não é esquerda contra direita, nem ricos contra pobres. É aqueles que desejam um país honesto com seu povo, limpo de toda essa abominável sujeira, contra aqueles que se beneficiaram da corrupção para alcançarem poder e dinheiro à custa do trabalho duro de todos os brasileiros.
Dessa forma, quero reiterar a todos a confiança que tenho nos trabalhos da equipe do Procurador Geral da República Dr. Rodrigo Janot, pois sei da seriedade de todos os seus esforços para que seja alcançado o mesmo objetivo de termos um país melhor.
Esse é o meu testemunho. E o faço livremente na esperança que as pessoas que o leiam possam acreditar nas minhas palavras. Não tenho compromisso algum com quem quer que seja, salvo com meu compromisso , que também foi o de meu pai e é de meus irmãos, de sermos servidores públicos e promotores de justiça.
Carlos Fernando dos Santos Lima, cidadão."
_______________________________________________

Michel Temer é igual a Lula.
Um será condenado pelas reformas no triplex e no sítio, o outro será condenado pelas reformas nos apartamentos da filha e da sogra.
Esse é o motivo da guinada de FHC, segundo Eliane Cantanhêde, do Estadão:

“Como parecia claro desde o início, o que vai se configurando como mais grave e concreto contra o presidente Michel Temer é a relação dele com o coronel PM João Baptista Lima, o ‘coronel Lima’ das delações da JBS (…).
Tudo parece indicar que foi a JBS quem pagou a reforma da casa de uma das filhas de Temer, em São Paulo. O dinheiro sairia da empresa sob pretexto de doação de campanha, iria parar na empresa do coronel Lima e dali sairia para o pagamento de arquitetos e fornecedores de material para a obra (…).
Dinheiro de empresa privada em campanha era legal. No bolso dos candidatos, não.
Assim como as obras no sítio e no triplex criam um link direto entre Odebrecht e OAS e o ex-presidente Lula, a da casa da filha é considerada o link entre a JBS e Temer (…).
Com o coronel Lima entrando em cena como protagonista, as reações são contundentes. Temer quer pressa na votação do pedido da PGR na Câmara, Maia acena até com o cancelamento do recesso de julho e o ex-presidente Fernando Henrique dá uma guinada importante, que pode mudar a disposição do PSDB e do Congresso.
Entre a reunião do ‘fico’ e a defesa de eleições antecipadas, o que houve? Certamente, o avanço das investigações sobre os vínculos entre Temer, o coronel Lima e papéis rasgados na casa deste. Quem tem provas a destruir é porque tem culpa no cartório. A culpa de um coronel aposentado é uma coisa, a de um presidente da República é outra. Ainda mais com crise, tensão e futuro incerto”.