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Barganha foi a palavra que sustentou Temer no cargo || Próximo ao julgamento de Lula, Palocci estremece a Lava Jato em nova ação


Barganha foi a palavra que sustentou Temer no cargo

Michel Temer bateu na trave para ser cassado do cargo de chefe do Executivo algumas vezes no decorrer de 2017. Apesar da baixa popularidade que carregava nos primeiros meses do ano, a bomba explodiu de fato em seu peito no dia 17 de maio, quando o jornal O Globo divulgou as conversas gravadas entre Temer e o empresário Joesley Batista. Nas horas seguintes, alguns já davam como certa a renúncia do peemedebista - algo que sempre negou ter pensando em algum momento. Se a renúncia não veio, era de se imaginar que fosse cassado, então. Também não aconteceu.


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Michel Temer ainda conseguiu escapar de duas denúncias criminais com a benção da Câmara dos Deputados.

Viu seu ex-assessor e braço direito receber uma mala cheia de dinheiro, sendo tudo gravado com o consentimento da Polícia Federal. O ex-ministro articulador do governo ser preso e posteriormente descoberto um apartamento com mais de R$ 50 milhões, apontados pela PF como dinheiro de propina. Presenciou mais um ministro preso.

Todas essas questões não poderiam culminar em outra coisa a não ser a rejeição recorde de Temer. O peemedebista chegou a ter a pior avaliação de um presidente desde a redemocratização brasileira. Para a vergonha não ser apenas interna, também foi considerado o chefe de governo mais mal avaliado do mundo. Para completar, o peemedebista passa por inúmeros problemas de saúde e é manchete constante suas idas ao hospital.

Com todas essas atribulações, não seria difícil imaginar que Michel Temer não acabaria 2017 no cargo em que foi alçado.

Mas, não se pode duvidar da política e dos políticos brasileiros. Com o cofre aberto, tudo é possível.
Barganha

Michel Temer, político experiente que é, detectou facilmente o que iria lhe manter à frente da Presidência da República. Cargos, despejo de dinheiro nas emendas parlamentares e mimos, como os inúmeros jantares oferecidos pela presidência e a porta do gabinete aberta para reuniões.

O peemedebista liberou extraordinários R$ 10,7 bilhões em emendas parlamentares no ano de 2017. Em junho e julho, os dois primeiros meses após a divulgação da conversa com Joesley, no momento mais crítico do governo, foram liberados R$ 2,02 e R$ 2,24 bilhões, respectivamente. O que representa 18,87% e 20,93% do total liberado no ano. Em dezembro, quando o governo sonhava em aprovar a reforma da Previdência, o valor aprovado pelo governo para as emendas foi de R$ 3,24 bilhões, 30,1% do total. Esse foi o mês com o maior valor liberado pelo Executivo aos parlamentares.

Os jantares com dinheiro dos cofres públicos aos deputados e senadores também foram aos montes, e decisivos para a manutenção do governo.

Na noite anterior a votação da primeira denúncia contra Temer na Câmara dos Deputados, o peemedebista ofereceu um jantar a mais ou menos 100 deputados para garantir apoio e barrar a denuncia. Deu resultado. Na segunda denúncia, Temer adotou a mesma estratégia e conseguiu o mesmo resultado: investigação barrada na Câmara.
Números

Segundo uma pesquisa do Datafolha divulgada em dezembro, 62% dos entrevistados consideram o governo de Temer pior do que o de Dilma Rousseff. A rejeição do peemedebista é ainda maior, 71%. Somente 5% dos entrevistados consideram o governo de Temer bom ou ótimo.

Michel Temer parece não se preocupar muito com a impopularidade, já que possui tamanha defesa ferrenha dos parlamentares ao seu mandato. O peemedebista já afirmou que quer ser reconhecido como um presidente "reformista", e se utilizaria dessa impopularidade para aprovar medidas impopulares, algo que um presidente melhor quisto não teria coragem de fazer.
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Próximo ao julgamento de Lula, Palocci estremece a Lava Jato em nova ação

No mês de dezembro, o ex-ministro do governo Lula e Dilma, Antonio Palocci, foi convocado pela Polícia Federal para dar explicações sobre sua relação com a produção do filme 'Lula, o filho do Brasil'. Neste momento, as investigações da Operação Lava Jato miram em mais um escândalo do governo petista, a criação do filme que conta a história do ex-presidente. O que a PF deseja saber, é como ocorreu o financiamento para o filme, e com isso contará com a ajuda de dois ''especialistas'' em revelar provas: o empreiteiro Marcelo Odebrecht e o ex-amigo de Lula, Palocci.

Palocci terá um papel relevante nas investigações, ele teria em mãos informações preciosas de como funcionou o arrecadamento para o filme juntamente com empresas.

O filme estreou em janeiro de 2010 e foi realizado com valores estipulados em R$ 12 milhões. As empreiteiras Odebrecht, Camargo Corrêa e OAS participaram do financiamento do longa.

O filme relatou a vida de Lula, desde sua juventude até a liderança máxima do Partido dos Trabalhadores. Foi apresentada sua história de vida mais íntima e sua trajetória no ABC paulista, liderando sindicatos.

Palocci deixou claro, em depoimento do dia 11 de dezembro, que estará disposto a contar tudo que sabe, mas no momento deveria permanecer em silêncio. No entanto, Marcelo Odebrecht apresentou documentos e e-mails, tudo ligado ao financiamento do filme.
Conta corrente com a Odebrecht

Mensagens da empreiteira foram resgatadas do ano de 2008, os e-mails contam que Palocci, conhecido como Italiano, é quem iria coordenar e apoiar a captação de recursos.

Nomes como os executivos Alexandrino Alencar e Pedro Novis também aparecem nos e-mails, hoje em dia os dois executivos se tornaram delatores.

No entanto, segundo depoimento de Marcelo, o financiamento do filme não partiu do setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, o conhecido setor de propinas criado dentro da empreiteira. Informações apontam que poderia haver uma conta corrente e uma ligação mais ampla entre Lula/PT com o pai de Marcelo, o empresário Emílio Odebrecht.

Marcelo disse que seu pai nunca lhe tinha dito que Lula estaria pedindo apoio financeiro para o filme. Ao que tudo indica, a relação da empreiteira com o filme seria mais ''íntima'', partindo de um relacionamento com uma conta direta.

O ex-presidente Lula foi condenado em 9 anos e seis meses pelo juiz federal Sergio Moro. No momento, Lula aguarda o julgamento em segunda instância para saber o destino de sua vida pública.

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