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Ministra do Trabalho Também Respondeu A Processo Movido Por Uma Doméstica || Se Gasolina, Gás E Luz Só Sobem, Como A Inflação Foi Tão Baixa?



Cristiane Brasil Também Respondeu A Processo Movido Por Uma Doméstica

A futura ministra do Trabalho, Cristiane Brasil (PTB-RJ), respondeu a pelo menos mais um processo na Justiça Trabalhista, além dos das duas ações movidas pelos motoristas Fernando Fernandes e Leonardo Eugênio.

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O terceiro processo contra Cristiane foi movido pela empregada doméstica Sebastiana Benjamim, em 2003. Sebastiana trabalhava na casa de Cristiane na Praia do Flamengo, na zona sul do Rio. Era faxineira, arrumava a casa, passava roupas e cozinhava. A mulher alegou que Cristiane não fazia o recolhimento de suas contribuições previdenciárias.

A ação foi parar na Procuradoria Federal do INSS em Petrópolis, onde o processo foi ajuizado, para que fossem calculadas as contribuições previdenciárias devidas. O caso foi recebido pelo procurador Sérgio Pinel, no Instituto Nacional do Seguro Social de Petrópolis, onde o processo foi ajuizado.

CONCILIAÇÃO – Em 2005, houve uma audiência de conciliação entre a empregada e Cristiane, que reconheceu os direitos de Sebastiana e combinou um pagamento de R$ 500 para que o processo fosse arquivado.

Procurada por meio de seu advogado na época, Paulo Roberto Andrade Dantas, Sebastiana não quis falar com a imprensa. A reportagem também procurou a deputada Cristiane Brasil para falar sobre o caso, mas não houve retorno.

Nesta terça-feira, 9, o jornal O Estado de S. Paulo publicou que mais uma funcionária processará Cristiane na Justiça Trabalhista – a motorista Aline Lucia de Pinho, que trabalhou por cerca de dez anos para a futura ministra do Trabalho, alega que foi demitida quando estava de licença no INSS.

FALSA ASSESSORA – Aline afirma que machucou o joelho quando levava os cachorros de Cristiane no veterinário. Ela recebia e era lotada pela Secretaria de Envelhecimento Saudável da prefeitura do Rio, que foi comandada por Cristiane, apesar de nunca ter prestado serviços públicos no local. Era uma falsa assessora.

Contra a nova ministra já há uma condenação na Justiça Trabalhista de R$ 60 mil movida pelo motorista Fernando Fernandes Dias, em 2016. Ele moveu a ação alegando trabalhar 15 horas por dia para ela sem carteira assinada. A Justiça acatou o pedido, e a sentença foi confirmada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 1.ª Região (TRT-1).
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Se Gasolina, Gás E Luz Só Sobem, Como A Inflação Foi Tão Baixa?

A Revista Exame faz uma chamada interessante no seu título, porém tenta “explicar a inflação” do atual governo, como pode haver uma inflação de 2,5%, se alguns produtos tiveram aumentos tão abruptos?

São Paulo – A inflação fechou 2017 em 2,95%, um número baixo por qualquer lado que se olhe: foi o menor IPCA desde 1998, além de ser menos da metade dos 6,29% registrados em 2016.

Também foi a primeira vez que a inflação ficou abaixo do piso da meta do governo desde que o regime de metas foi criado em 1999.

Mas a impressão de muita gente não é esta diante de três itens importantes: gasolina, gás de cozinha e energia elétrica. Todos, de fato, subiram muito mais do que no ano anterior.

Mas eles não foram suficientes para contrabalançar os efeitos de outro fenômeno: uma queda anual de 1,87% no preço de alimentos e bebidas.

Parece pouco, mas é a primeira vez que isso acontece desde que o Plano Real começou em 1994, e este é de longe o grupo que mais importa no orçamento das famílias.

“Temos itens que pressionaram para cima, e é normal do consumidor focar nos elementos mais visíveis. Mas especialmente alimentação em 2017 foi forte elemento de deflação, e o o peso de 25% que esse grupo tem no IPCA é bem maior do que o peso de 10% desses três itens”, diz Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Gasolina

A Petrobras começou em 03 de julho uma nova política de reajustes. Ao invés de esperar um mês, a empresa avalia todas as condições do mercado, incluindo cotações internacionais, o câmbio e a concorrência, para mudar preços, o que pode acontecer diariamente.

Daquela data até 28 de dezembro, foram 115 reajustes nos preços da gasolina. Em julho, o governo também aumentou aumentou a alíquota do PIS/COFINS dos combustíveis.

Em 2016, a gasolina caiu 2,54% e puxou o IPCA para baixo em 0,10 ponto percentual. Em 2017, a gasolina subu 10,32% e puxou o IPCA para cima em 0,41 p.p, e as perspectivas para 2018 não são de acomodação.

“A gasolina depende muito do câmbio e de como nosso cenário politico vai influenciar essa cotação: ele deve colocar volatilidade, mas não a ponto de chegar em um novo patamar. Além disso, temos um problema de déficit público pra resolver. Outra questão é o aquecimento da demanda previsto em outras economias, o que pressiona para cima a cotação internacional”, diz André Braz, especialista em inflação do Ibre/FGV.

Gás De Cozinha

Um fenômeno parecido aconteceu com o gás de botijão, e pelo mesmo motivo: uma nova política de reajustes da Petrobras.

No início de junho, a empresa empresa informou que os preços seriam formados pela média mensal das cotações do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, acrescida de uma margem de 5%.

O preço do botijão foi de uma alta modesta de 2,10% em 2016 com impacto de 0,03 ponto percentual para um aumento de 16% em 2017 com impacto de 0,19 p.p.

De acordo com os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), o gás de botijão teve sua maior alta de 2002, quando subiu 34%.

A Petrobras anunciou no início de dezembro que vai rever a metodologia para não trazer ao país a alta volatilidade do mercado europeu, mas não anunciou a nova fórmula.

Leia também: Bolsonaro gastou além do que mostrou em seus balanços da Câmara

Não há perspectiva de altas menores para conter a inflação, apenas de reajustes menos frequentes. O preço do botijão ficou praticamente congelado durante os governos Lula e Dilma: houve apenas um aumento, em 2015.

Energia Elétrica

Na conta de luz, 2015 foi o ano de reposição tarifária de congelamentos anteriores, 2016 foi o ano de reversão da crise hídrica e 2017 foi um ano de novas altas.

A energia elétrica passou de uma queda de 10,66% e impacto negativo de 0,43 ponto percentual no IPCA em 2016 para uma alta de 10,35% em 2017 com impacto positivo de 0,35 ponto percentual.

Houve cobrança de uma taxa extra em todos os meses do ano com exceção de janeiro, fevereiro e junho.

As chamadas bandeiras tarifárias são acionadas quando é preciso ligar as usinas termelétricas, que são mais caras, por causa da falta de chuvas.

Andre Braz acredita que a perspectiva de chuvas deste ano é positiva, ou Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) não teria trocado a bandeira para verde (sem cobrança extra) neste janeiro.

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