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Temer Articula O “Acordo Político” Mais Sujo Da História Da República || Corruptos Sob As Bençãos De Gilmar Mendes



Temer Articula O “Acordo Político” Mais Sujo Da História Da República

Reunidos com Michel Temer neste domingo (3), dirigentes de partidos aliados discutiram com o presidente da República um “pacto” entre as legendas governistas para que nenhuma sigla aceite, na janela partidária de 2018, deputados que votarem contra a reforma da Previdência. Além disso, os presidentes dos partidos prometem priorizar com o fundo eleitoral os deputados que forem fiéis à proposta do governo de mudar as regras previdenciárias.


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A proposta de retaliação, segundo o Blog apurou, foi levantada pelo presidente do PTB, Roberto Jefferson, que prometeu, inclusive, fechar questão a favor da reforma da Previdência. Segundo relatos, Jefferson disse que tratará a “pão e água” os deputados que forem contra o projeto, segurando o fundo eleitoral.

SE TODOS ADERIREM… – Partidos como PP, PSD e PRB – também presentes ao jantar oferecido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) – se mostraram dispostos a aceitar a proposta de “fechar as portas” aos infiéis que quiserem trocar de partido em 2018, mas líderes ouvidos pela reportagem afirmam que o “pacto” só existe se todos aderirem.

O problema, afirmam, é que se o DEM e o PMDB – também presentes na reunião – não se comprometerem com a ideia, vão inflar suas bancadas e aumentar seu poder político. Diz um governista: “A janela partidária virou um instrumento de negociação, mas o pacto só existe se todo mundo aderir.”

O presidente da Câmara disse aos aliados que, se todos os partidos toparem, o DEM também se compromete a não aceitar os deputados que votarem contra a reforma da Previdência.

CARGOS – Em troca dos votos pela reforma da Previdência, deputados da base aliada estão de olho em cargos de segunda e terceiro escalão. O governo, no entanto, admite que, após as negociações para derrubar as duas denúncias contra Temer, sobrou pouca margem de negociação.

O que o governo discute agora é uma espécie de pagamento a prazo: primeiro, os deputados entregam o voto e, depois, o Planalto redistribui os cargos daqueles que foram infiéis.
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Gilmar diz que Lava Jato é motivo para rever prisão em segunda instância

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), citou a Operação Lava Jato como motivo para alterar a jurisprudência do STF que permite à Justiça determinar o início do cumprimento da pena logo após a condenação na segunda instância.

"A prisão em segundo grau, no contexto da Lava Jato, tornou-se algo dispensável. Passou a ocorrer-se a prisão provisória de forma eterna, talvez até com objetivo de obter delação. Aí vem a sentença de primeiro grau, e com sentença de segundo grau iniciava a execução. É preciso saber ler estrelas. Ou se muda isso ou se empodera de maneira demasiada a Justiça de primeiro grau e o MP (Ministério Público) em detrimento das outras cortes", disse o ministro do STF.

O comentário foi feito nesta segunda-feira, 4, no “Seminário Independência e Ativismo Judicial: Desafios Atuais”, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília, evento que contou com a presença da presidente do STJ, ministra Laurita Vaz, da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, e teve como coordenadores o ministro do STJ Luis Felipe Salomão e o conselheiro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) Henrique Ávila.

Segundo Gilmar, sem a revisão da prisão em segunda instância, o papel do Supremo e do STJ fica reduzido na garantia dos direitos do cidadão. "Se tem quase uma demissão nossa", disse Gilmar, sobre o tema.

HABEAS CORPUS

No evento, o ministro afirmou que juízes se deixam influenciar pela mídia ao decidir e deixam a lei de lado. Responsável por decisões que retiraram da prisão preventiva uma série investigados nos desdobramentos da Lava Jato no Rio de Janeiro, Gilmar afirmou que "quem decide habeas corpus tem que nadar contra a corrente em determinados momentos".

"Quem decide reconhecendo direitos, é óbvio que está decidindo a mais das vezes contra a opinião pública. É evidente. Os direitos fundamentais em geral, a sua segurança, a sua garantia, se faz às vezes de forma mal compreendida", disse.

O ministro afirmou que, ao fazer-se a defesa de direitos de forma conservadora, está-se "protegendo aquele indivíduo que nos apedreja". Segundo ele, "quando se cria Estado autoritário, com excesso de prisão preventiva, se esquece que a próxima vez será daquela pessoa".

"Temos que atender a imprensa. O que ela espera de nós. Isso também é uma forma de ativismo. Eu saio da lei e deixo de adotar esses critérios. Por quê? Porque eu tenho que atender essa ânsia. Isso passa a ser um grave problema também. Eu passo a ver para fora, como os outros vão me avaliar. O critério da lei eu já deixei de lado."

"Nadar contra a corrente não é apenas uma sina nossa, é nosso dever. Se nós estivermos sendo muito aplaudidos porque estamos prendendo muito ou negamos habeas corpus, desconfiemos. Nós não estamos fazendo bem o nosso job (trabalho)", disse.

OPINIÃO

Gilmar afirmou, também, que "quem muda de opinião de acordo com o interlocutor obviamente não será um bom juiz".

Em outubro, um colega de Gilmar no Supremo, o ministro Luís Roberto Barroso, afirmou a ele que "vossa excelência vai mudando a jurisprudência de acordo com o réu"

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