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Menções de delatores da J&F a ministros do STF || Coronel da FAB é punido por defender o general Mourão



PF entrega a Cármen Lúcia investigação sobre menções de delatores da J&F a ministros do STF

O diretor-geral da Polícia Federal entregou nesta sexta-feira (15) à presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia, um relatório parcial da investigação aberta em setembro para apurar menções a membros da Corte feitas pelos executivos da J&F Joesley Batista e Ricardo Saud.


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Segundo a TV Globo apurou, no documento entregue a Cármen Lúcia, a PF afirma que não há indícios de ilicitudes na conduta dos ministros da Corte.

Em gravação entregue pela empresa em setembro, dentro do processo de delação premiada, os dois falaram sobre uma possível tentativa de gravarem o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo para que ele pudesse “entregar” ministros da Corte.

O diálogo levou a Procuradoria Geral da República (PGR) a rescindir o acordo de colaboração, pela suposta ajuda prestada pelo ex-procurador Marcello Miller nas negociações para fechar o acordo, quando ele ainda integrava o órgão.

Por causa das menções a ministros do STF, Cármen Lúcia pediu uma investigação da PF, com data para início e fim, para que não ficasse, segundo ela, “qualquer sombra de dúvida sobre a dignidade deste Supremo Tribunal Federal e a honorabilidade de seus integrantes”.

Nesta sexta (15), a ministra recebeu o chefe da PF por cerca de 30 minutos em seu gabinete. Na saída, Segovia não informou as conclusões da investigação.

“A Polícia Federal, neste momento, entrega relatório parcial da investigação que foi aberta a pedido da presidente, ministra Cármen Lúcia, a respeito dos áudios entregues envolvendo Joesley Batista e Ricardo Saud. As conclusões da investigação parcial estão nas mãos da ministra Cármen Lúcia e tão logo haja uma análise ela deverá expor ao público quais são essas conclusões”, se limitou a dizer.

Até a última atualização desta reportagem, o gabinete da ministra também não havia divulgado os resultados da apuração.
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Coronel da FAB é punido por defender o general Mourão

As declarações do general Antônio Hamilton Mourão, com duras críticas ao presidente Michel Temer e a defesa de intervenção militar em caso de "caos", continuam gerando punições nas Forças Armadas. O coronel aviador Mauro Rogério, da Força Aérea Brasileira (FAB), foi punido pelo Comando da Aeronáutica por ter endossado as palavras do general. Foi uma punição administrativa, que pode até ser a detenção. A Aeronáutica não confirmou se o militar foi preso.

O coronel Rogério, que integra um movimento chamado "Brasil Futuro", gravou um vídeo de seis minutos e o distribui na internet. Ele diz, logo no início, que não pode se omitir de comentar as declarações de Mourão, que afirmou que Temer segue aos "trancos e barrancos mediante um balcão de negócios". O general Mourão foi exonerado de um cargo no Comando do Exército.

"Como militar da ativa, pedem minha opinião cidadão sobre as palavras do general Mourão. Não vou me esquivar. Quem está na chuva é para se molhar", afirma o coronel da FAB. Mauro Rogério disse também haver uma crise ética e moral no poder público. E que os "loucos de plantão" na política estão rasgando a Constituição.

O coronel disse ainda no vídeo que é muita ingenuidade achar que os militares vão "ficar de braços cruzados" se ocorrer uma "conflagração" no país. E acrescentou ainda que as Forças Armadas estão "longe de serem enfeites".

O coronel tentou ingressar na política que critica em 2010. Foi candidato a deputado federal pelo PMDB, no Distrito Federal. Não se elegeu. Foi o 24.° mais votado, com 5.299 votos.

Aeronáutica diz que coronel descumpriu normas militares

O Comando da Aeronáutica confirmou ao jornal Gazeta do Povo a punição ao coronel por ele ter descumprido o Regulamento Disciplinar da Aeronáutica, que proíbe manifestação pública de militares a respeito de assuntos políticos.

"A legislação também considera transgressão disciplinar causar polêmica sobre assuntos militares ou políticos, utilizando meios de comunicação, e deixar de cumprir o previsto em regulamentos e atos emanados de autoridade competente" - informou a Aeronáutica.

A FAB também informou que, assim que tomou conhecimento do vídeo o Comando da Aeronáutica abriu processo administrativo e que o coronel Mauro Rogério teve direito à defesa e contraditório. E o puniu.

"Ao final do processo, o militar da Aeronáutica foi punido administrativamente. Por fim, o Comando da Aeronáutica reitera que não cabem manifestações individuais públicas de seus integrantes, por serem contrárias às normas vigentes e aos preceitos fundamentais das Forças Armadas: a disciplina e a hierarquia", diz a Aeronáutica.

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