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Em 'indireta' ao general Mourão, Cármen Lúcia responde sobre intervenção militar



Presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Cármen Lúcia, resolveu explicitar o que pensa sobre uma suposta intervenção militar no Brasil.


A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, participou neste sábado (07), de um evento relacionado ao Festival GloboNews de Jornalismo. A magistrada que comanda a mais alta Corte de Justiça do Brasil foi indagada, em relação às palavras ditas pelo general Antônio Hamilton Martins Mourão, que havia se manifestado em meados do mês de setembro, a respeito de uma situação de crise entre as instituições, principalmente, em se tratando do papel desempenhado pelo Poder Judiciário no Brasil, que não estaria conseguindo coibir os altos níveis de Corrupção que permeiam o cenário político nacional e que deveria, na verdade, julgar todos os crimes relativos à corrupção desenfreada enfrentada na atual conjuntura.
Durante uma palestrada organizada pela Loja de maçonaria em Brasília, no Distrito Federal, o general da ativa do Exército brasileiro, chegou a afirmar, de modo contundente, que uma suposta tomada do poder por parte das Forças Armadas do Brasil, poderia significar um solução para um grande número de denúncias que atingem diretamente os Poderes da República, no caso de o Judiciário não estiver apto a solucionar o problema político do país. O general Mourão foi ainda mais longe ao considerar que essa causa não seria algo somente dele desdenhado por ele, mas contaria com o apoio e a simpatia de companheiros do Alto Comando do Exército.
Presidente do Supremo se posiciona sobre situação

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, se posicionou a respeito do discurso do general Mourão, proferido no mês passado.

De acordo com a ministra que comanda a Suprema Corte, a declaração de Mourão seria considerada algo grave, sem dúvida alguma, porém, mesmo que tenha sido exposta teoricamente a um pequeno grupo, segundo a ministra. Em uma resposta indireta à fala do general da ativa Antonio Mourão, Cármen Lúcia afirmou que o Judiciário estaria sim, cumprindo todo o seu papel. A magistrada foi ainda mais longe ao delimitar que não haveria justiça sem que houvesse democracia e que o brasileiro não aguentaria mais ser injustiçado.

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Durante a sua participação no evento, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ainda que sente ver demonstrações de uma sede democrática em todos os lugares em que vai, desde a sala de aula, onde possui alunos de vinte e dois anos, até pessoas muito mais velhas com as quais convive e que já haviam experimentado períodos das épocas ditatoriais no Brasil. A ministra Cármen Lúcia acredita ainda que o país estaria vivendo hoje, um momento de responsabilidade, e também de serenidade e certeza.

Ao ser questionada por uma jornalista, se o governo Temer estaria respondendo frouxamente à prosa militarista do general Antonio Hamilton Mourão, Cármen Lúcia se esquivou e disse que sendo presidente do STF, já teria problemas de sobra para que pudesse se meter em outro Pode".

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