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Especial Noutro Pólo: Comissão Trilateral – uma organização sofisticada


Especial Noutro Pólo: Comissão Trilateral – 


uma organização sofisticada

Por Carlos I. S. Azambuja

Mais um texto, resumido, publicado no livro “A Verdadeira História do Clube Bilderberg”, de autoria de Daniel Stulin, publicado no Brasil em 2005 pela editora Planeta. Daniel Stulin é jornalista, especialista em Comunicação. Investiga as atividades secretas do Clube Bilbergerg há 13 anos. É ganhador de três prêmios de pesquisa nos EUA e Canadá.


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Alguns depoimentos do autor:

– ‘O Clube Bilderberg quer uma era de pós-nacionalismo, na qual já não haverá países, somente regiões e valores universais, uma economia universal, um governo universal – designado; não eleito – e uma religião universal” (jornal Epoca, Madrid);

– “Já tentaram me matar por investigar o Clube Bilderberg” (La Gaceta de los Negocios);

– Bilberberg pretende destruir todas as religiões. Não apenas a católica, mas a islâmica, a judia, todas…” (La Gaceta de los Negocios);

– “Não acredite em mim, investigue! Tenho pilhas de documentos que atestam tudo o que digo” (La Vanguardia).

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“Como se explica a sutil independência que o Norte Industrial mantém com o Terceiro Mundo?”, pergunta Holly Sklar. Em 1991, o economista Doug Henwood, colaborador da importante publicação americana The Nation, disse ao Left Business Observer, um boletim informativo fundado por ele em 1986: “Cada membro da tríade reuniu sob sua proteção um punhado de países pobres que lhes proporcionam mão-de-obra barata, terras e minas para explorar: Os Estados Unidos têm a América Latina; a Comunidade Européia, a África e a Europa do Sul e do Leste; e o Japão, o Sudoeste da Ásia. Em alguns poucos casos, os membros de tríades diferentes compartilham um país: Taiwan e Cingapura são divididos entre Japão e EUA; Argentina, entre EUA e a Comunidade Européia; Malásia, entre a Comunidade Européia e Japão; e a India, entre os três…”

Will Banyon acresenta, no periódico informativo australiano Nexus, que “A estratégia de Rockefeller também revela algo fundamental acerca da riqueza e do poder; não importa quanto dinheiro se possua; o poder real de uma grande fortuna não vem à luz enquanto não é utilizado para seqüestrar e controlar as organizações ou as pessoas que produzem as políticas e as idéias que guiam os governos”

Daid Rockefeller, presidente do Chase Manhattan Bank, escreveu, em 20 de agosto de 1980, uma carta ao editor do New York Times explicando a “a Comissão Trilateral é, na realidade, um grupo de cidadãos responsáveis interessados em desenvolver uma mais ampla compreensão e colaboração entre aliados internacionais”

O leitor terá outra impressão, sem dúvida, se ler as palavras do senador dos EUA, Barry Goldwater, sensivelmente menos eufemísticas. Em seu livro, With No Apologies, qualificou a Comissão Trilateral de “a última conspiração internacional de David Rockefeller”, e acrescentou: “Seu objetivo é consolidar na esfera multinacional, os interesses comerciais e financeiros das grandes empresas através do controle da política do governo dos EUA”.

O senador Barry Goldwater acrescenta: “David Rockefeller e Zibigniew Brzezinski encontraram em Jimmy Carter seu candidato ideal. Eles o apoiaram em sua designação e em sua presidência”. Efetivamente, a candidatura de Carter tinha apenas 4% do apoio do Partido Democrático e, da noite para o dia, ele, o homem da Geórgia, converteu-se no candidato à Presidência. “Para conseguir isso, mobilizaram o dinheiro necessário batendo à porta dos BA, conseguiram a influência intelectual da comunidade intelectual acadêmica (sempre dependente do dinheiro das grandes fundações isentas de impostos) e deram ordens aos meios de comunicação membros do CFR e da CT”.

A crônica dos fatos foi concretamente a seguinte: em 1973, Carter foi convidado a Terrytown, no estado de Nova York, propriedade de David Rockefeller. Zbigniew Brzezinski desempenhando o papel de um caça-talentos de Hollywood, ajudava Rockefeller a encontrar perfis com boa imagem pública para a Comissão Trilateral.. O charme sulista de Casrter causou uma impressão muito positiva nos dois “cavalheiros”. Tanto Brzezinski como Rockefeller “estavam impressionados de que Carter tivesse aberto escritórios comerciais do Estado da Geórgia em Bruxelas e Tóquio. Isso parecia encaixar concretamente com o conceito da Trilateral”. Jimmy Carter se converteu, assim, em membro fundador da Comissão Trilateral e, pouco depois, no presidente dos EUA.

Como anedota, cabe mencionar que os discursos da campanha de Carter para as eleições presidenciais de 1976 diziam principalmente “que chegou o momento de substituir a política de equilíbrio de poder pela política da Ordem Mundial e conseguir uma sólida associação entre EUA, Europa Ocidental e Japão”. Isso soa familiar, não é verdade?

O fato de que Jimmy Carter tenha sido eleito presidente por indicação, ilustra magnificamente o grande poder que possui o Clube Bilberberg, a Comissão Trilateral e o CFR, desconhecidos para a maior parte do mundo. Esses grupos de poder super secretos e estreitamente vinculados, podem colocar ou derrubar qualquer presidente ou candidato à Presidência. Não surpreende, pois, que cada um dos presidentes ou candidatos à Presidência pertençam às sociedades secretas que lhe promovem a ascensão. Eles construíram a figura de Jimmy Carter (da mesma forma que fizeram com Ford, Mitterrand, Felipe Gonzalez, Clintom Karzai, etc.) e abortaram as pretensões de chegar à presidência do senador Barry Goldwater, um confesso inimigo da globalização, da mesma forma como arremeteram contra Margareth Tachter. Tanto John Kerry como George Bush pertencem à mesma combinação de associações: o CFR e o Clube Bilderberg. Realmente não importa quem ganhe. O verdadeiro poder sempre continua nas mãos dos adeptos da globalização, que são guiados por uma única missão chamada Governo Mundial Único.

Não deveria surpreender-nos, à luz de toda evidência essa tríade globalizadora chamada Comissão Trilateral tenha estado trabalhando para ver o final da soberania dos EUA. A seleção que se segue de citações de Between Two Agesmostra a proximidade do pensamento de Brzezinski com a do fundador d CFR, o marxista Mandell House.

Na página72 Brzezinski escreve: “O marxismo é simultaneamente uma vitória do homem ativo sobre o homem passivo, da razão sobre a crença”, Na paina 83 afirma: “O marxismo, disseminado popularmente em forma de comunismo, representa o maior avanço na habilidade do homem paa conceituar sua relação com o mundo”. E na página 123 encontramos: “O marxismo proporciona a melhor compreensão da realidade contemporânea”

A completa convergência entre os planos da Comissão Trilateral e a administração do presidente Carter para pôr fim à soberania dos EUA, fica ainda mais clara no seguinte conjunto de reuniões incriminadoras.

Na página 260 do livro de Brzezinki, seu autor propõe: “A direção deliberada do futuro dos EUA (…) com o (…) como o principal legislador e manipulador social”. Quer dizer, o monopólio e o controle das massas, as práticas habituais da família Rockefeller. John D. Rockefeller, o pai de David, odiava a competição. Ensinou que a única competição que valia a pena ter era aquela em que você controla as duas partes da equação. Daí o amor de John e David pelo monopólio globalizador, como, por exemplo, os planos de Rockefeller de que a CT conecte os blocos econômicos da Comunidade Européia, o Norte e o sul da América e da Ásia so o guarda-chuva de um governo mundial controlado por Rockfeller e companhia.

Finalmente, na antepenúltima página do livro. Brzezisnki nos conta o significado d tudo isso. O objetivo da Comissão Trilateral (o objetivo de Rockefeller) é conseguir o Governo Mundial.

Assim, como muitos biógrafos, através de mudanças, alterações, meias verdades e mentiras completas, têm falado da fabulosa riqueza da família Rockfeller e de seu praticamente ilimitado poder econômico e político que, segundo a propaganda oficial, se ocupa em alimentar os famintos dos países do Terceiro Mundo, de educar o pobres através de uma miríade de benevolentes fundações e sociedades, e na construção da infra-estrutura de nações subdesenvolvidas e devastadas pelas guerras, muito poucos autores apresentaram o aspecto mais evidenciado da família Rockfeller: sua resoluta intenção de destruir os EUA e, com o tempo, reconstruir o poder dos russos (se lhes parece incrível, continuem lendo), como país independente, como explica Eustace Mullins, em seu surpreendente trabalho Murder By Injection: The Medical Conspirace Agansti America, que ocorre através do seu “plano de fomento do monopólio, com o estabelecimento de fundações para ganhar poder sobre os cidadãos americanos”, e finalmente subjugar a todos pelo poder da ditadura mundial unindo o mundo sob o estandarte de um Governo Mundial.

De fato, embora os paralelismos entre os Rockfeller e os russos há muito tempo tenham sido suprimidos, o maior segredo de todos, o de que o financiamento da revolução bolchevique foi proporcionado pelos supercapitais americanos, continua enterrado porque a família Rockfeller, através de suas organizações – o CFR, o CT, e o Clube Bilderberg, etc – possui os principais meios de comunicação e as empresas editoriais dos EUA.O doutos Anthony Sutton, em Wall Street and Bolshevik Revolution, explica: “Nada praticamente foi escrito sobre estreita relação que tiveram, no passado, os Rockfeller com seus supostos arquiinimigos, os comunistas.

Existiu um aliança contínua, embora escondida, entre os capitalistas e os revolucionários socialistas em benefício mútuo”. Sutton realizou um trabalho notável, documentando a insidiosa traição da elite americana dos arquimilionários, entre os quais encontravam-se Rockfeller e os banqueiros de Wall Street, ao financiar a revolução e o governo mais todos os tempos. Se alguma vez você se perguntou porque os mais ricos quiseram ter relações com o comunismo, aqui está a resposta que você procurava. Gary Allen, no Rockfeller File faz eco às descobertas e aos sentimentos de Sulton, quando afirma: “E o mais surpreendente é a quantidade de provas púbicas que existem a respeito.”

Porque multimilionários como os Rockfeller financiam e colaboram com alguns comunistas e marxistas que juraram publicamente acabar com eles?, pergunta o jornalista Gary Allen no citado livro. As vantagens dos comunistas são óbvias. Porém, quais benefícios obteria o Ocidente, lider do capitalismo e da liberdade, com tudo isso?

A palavra mágica é monopólio. “Um monopólio que abarca tudo, não só o controle do governo, o sistema monetário e todas as propriedades, mas também um monopólio que, como as empresas que emula, se autoperpetua e é eterno”.

Gary Allen continua falando da existência “de evidentes influências” por trás dos comunistas, quando diz: ” Enquanto o objetivo de J. P. Morgan era o monopólio e o controle da indústria no final do Século XIX. J. D. Rockefeller, a alma mater de Wall Street, entendeu que a melhor maneira de conseguir um monopólio que não pode ser removível era por via geopolítica. Fazer com que a sociedade trabalhasse em favor dos monopolistas c om a desculpado interesse público”.

Frederick C. Howe explica em Confessions of a Monopolist (1906) como funciona a estratégia na prática: “Estas são as regras dos grandes negócios: consiga um monopólio e faca com que a sociedade trabalhe para você. Enquanto acreditarmos que os revolucionários e os capitalistas internacionais estão às turras, deixamos de ver um ponto crucial (…) a associação entre o capitalismo monopolista internacional e o socialismo revolucionário para um benefício mútuo”.

Carlos I. S. Azambuja é Historiador.

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