Carlos falou sobre o convite ao ser questionado sobre a visita da nova procuradora-geral da República, Raquel Dodge, ao presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu, fora da agenda oficial, no último dia 8. No dia seguinte, Dodge afirmou que foi à residência oficial da Presidência para tratar de sua posse na chefia do Ministério Público. Raquel Dodge sucederá o atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, cujo mandato à frente da PGR se encerra em 17 de setembro.
Depois de concordar com a ideia do presidente Michel Temer de ser empossada em cerimônia no Palácio do Planalto, Dodge voltou atrás e anunciou que sua posse será no auditório da PGR, no dia 18 de setembro.
"Eu tenho para mim que encontros fora da agenda não são ideais para nenhuma situação de um funcionário público. Nós mesmos [força-tarefa da Lava Jato] às vésperas do dia da votação do impeachment fomos convidados a comparecer ao Palácio do Jaburu, à noite, e nos recusamos, porque nós entendíamos que não tínhamos nada que falar com o eventual presidente do Brasil naquele momento. É claro que ela [Raquel Dodge] tem que se explicar. Ela deu uma explicação e ela que deve, então, ser cobrada das consequências desse ato", disse.
"Eu não sou corregedor do MP. Eu posso dizer por nós. Tivemos uma situação semelhante e nos recusamos a comparecer. Nós temos agora que avaliar as consequências dentro da política que o MP vai ter a partir da gestão dela", completou.
Questionado se foi apresentada alguma justificativa para o convite, ele disse que não. "Só houve um convite e nós recusamos".
O procurador da Lava Jato participa do Fórum de Compliance da Amcham, na sede da entidade, em São Paulo. Carlos participa do painel "as investigações anticorrupção do Ministério Público Federal (MPF)".
0 comentários:
Postar um comentário