O Brasil vive o "vácuo" do poder. O Congresso Nacional reuniu-se ontem para aprovação das revisão das metas para Orçamento Fiscal de 2017 e 2018. Com enorme esforço por parte do presidente do Congresso Nacional, o senador Eunício de Oliveira, aprovou-se apenas o "texto base" da mudança do LDO de 2017 e 2018, mas não conseguiu o "quórum" necessário para votação dos "destaques", essenciais para destravar o DRU - Desvinculação da Receita da União de R$ 42,5 bilhões.
Enquanto isso, o presidente Michel Temer faz o périplo no país do Xi Jinping, para tentar vender o "pacote" de concessões e privatizações, antes mesmo de ter as "formatações" devidamente aprovadas pelas agências reguladoras e no caso da Eletrobras, a aprovação da venda pelo Congresso Nacional. Por enquanto, as ofertas feitas pelo presidente Michel Temer não passa de "boas intenções". Pelo menos, serviu para tirar uma foto com o poderoso presidente da China, para ser mais uma lembrança da sua passagem pela presidência da República.
Voltando ao assunto de votações de ontem, no Congresso Nacional, chamou atenção o fato do governo Temer não conseguir nem a "maioria simples" para aprovação das matérias importantes na Câmara dos Deputados. A situação mostra que o presidente Temer não tem os votos suficientes para aprovação da Reforma da Previdência que exige o mínimo de 308 votos favoráveis na Câmara dos Deputados e 54 votos no Senado Federal.
O ambiente de ontem no Congresso Nacional lembra bem o clima de "fim de feira", onde os parlamentares catam as "xepas", emendas parlamentares, oferecidas pelo presidente Temer. O fato é que os deputados não estão nem um pouco preocupados com o futuro político do presidente Temer, mas sim pelas suas próprias sobrevivências, com vistas às eleições do próximo ano.
Politicamente, o governo do Michel Temer acabou!
Que fase tétrica vive o Brasil das instituições perdidas e corrompidas pela ação do Crime – que tem dimensão transnacional. A estupidez ou malandragem calculada de Michel Temer em relação a uma rica reserva mineral na Amazônia conseguiu trazer para a cena do suposto crime de lesa-pátria ninguém menos que Gilmar Mendes – alvo de polêmicas pelo que anda falando e decidindo. O Supremo ministro deu 10 dias para Temer (que está fazendo negócios na reunião dos Brics, na China) se manifestar sobre a extinção da Reserva Nacional do Cobre e Associados, na divisa do Amapá com o Pará.
Gilmar Mendes – que também está em viagem internacional, na Romênia – pediu que a Advocacia Geral da União teria interesse em entrar no mandado de segurança que o PSOL moveu questionando o temerário decreto. Gilmar foi tão rápido que acionou Temer e a AGU antes mesmo de o partido desistir da ação. Estranho que tenham desistido de questionar por que Temer resolveu autorizar, sem consultar o Congresso nacional, que fosse extinta a reserva e ampliada a autorização para exploração mineral em uma área riquíssima em ouro, cobre, ferro, manganês e o valioso tântalo.
Nada de anormal em uma colônia de exploração global, como o Brasil, que não cuida devidamente da Amazônia e pode perdê-la futuramente... Michel Temer apenas fez o que outros presidentes da Nova República têm feito: “Entregam o ouro do Brasil” – no sentido conotativo ou denotativo. Temer, que pode sofrer mais uma denúncia do Janot de saideira, não vai cair. Ainda sairá do poder, no momento legalmente previsto, como grande herói da oligarquia globalitária com a qual acertará grandes privatarias.
No mais, nesta republiqueta entreguista e desqualificada, a Lava Jato e afins serão mais sabotadas que nunca. Pode programar na agendinha que o Supremo Tribunal Federal vai rever aquela decisão (aliás, inconstitucional) de permitir prisão por condenação em segunda instância colegiada. Voltará a valer a regra de prisão só depois de esgotados todos os infindáveis recursos – o tal do “transitado em julgado”.
E assim nos preparamos para o “Fla-Flu” eleitoral de 2018...
Sem catarata...
Do professor Silas Ayres, uma irônica indagação médico-filosófica no facebook:
“Depois de uma série de exames, consegui operar a minha catarata.
Segundo o médico que me operou foi um sucesso, uma MARAVILHA.
Diz ele que em um mês verei o mundo com outros olhos, ficarei surpreendido com a maravilha de ver a realidade como ela é. Aí reside o problema... E se eu descobrir que o Brasil e o mundo estão pior do que eu pensava? Peço a minha catarata de volta? Sei não...”
E assim nos preparamos para o “Fla-Flu” eleitoral de 2018...
Sem catarata...
Do professor Silas Ayres, uma irônica indagação médico-filosófica no facebook:
“Depois de uma série de exames, consegui operar a minha catarata.
Segundo o médico que me operou foi um sucesso, uma MARAVILHA.
Diz ele que em um mês verei o mundo com outros olhos, ficarei surpreendido com a maravilha de ver a realidade como ela é. Aí reside o problema... E se eu descobrir que o Brasil e o mundo estão pior do que eu pensava? Peço a minha catarata de volta? Sei não...”