Nesta semana, os Estados Unidos lançaram sua primeira ação direta contra o governo da Síria. Trata-se de uma mudança significativa na ação americana na região, pois até então os EUA apenas vinham atacando o Estado Islâmico.
Na quinta-feira à noite, os norte-americanos dispararam 59 mísseis Tomahawk contra uma base aérea no país, em resposta a um ataque químico que matou mais de 80 pessoas, do qual, suspeita-se, o governo de Bashar Al-Assad é acusado de ser o autor. Ele nega.
O Observatório Sírio, que faz oposição ao governo sírio, informou que a base síria bombardeada pelos EUA foi “quase” totalmente destruída e deixou quatro soldados mortos. Segundo o governo de Assad, no entanto, o ataque matou seis pessoas, mas não informa se são civis ou militares.
O Pentágono informou que as forças da Rússia, aliada de Assad, que atuam no país asiático foram comunicadas sobre o ataque com antecedência e que setores da base onde havia russos foram evitados e não foram atingidos.
Nesta sexta-feira (7), a fragata russa Almirante Grigorovich deslocava-se próximo ao estreito de Bósforo rumo à costa turca do Mar Mediterrâneo, que também banha a Síria.
O presidente russo Vladimir Putin afirmou também na sexta que o ataque dos EUA foi uma "agressão a um Estado soberano" e condenou a ação que, segundo ele, é baseada em "pretextos inventados", informaram agências da Rússia. O país tem negado que o governo sírio foi o responsável pelo ataque químico. Os russos dizem que as forças sírias bombardearam um depósito de armas dos rebeldes.
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